Casa João de Melo – Livro do Mês

NOVEMBRO/2024

A Boneca Despida Paulo Morais

«A Boneca Despida»

Paulo M. Morais (Casa das Letras)

Sinopse:

“Julieta – a protagonista deste romance – até podia ser uma mulher anónima, não fosse o facto de ter vivido cem anos. Cresceu sem mãe e longe do pai, junto de uma avó violenta que a escravizou. Não a deixaram prosseguir os estudos. Não lhe ensinaram os factos da vida. Casou sem paixão, teve filhos que amou e por quem sofreu de insondáveis maneiras. Acabou num lar, sozinha, como tantas outras.

Do seu nascimento na ilha do Faial à pequena infância passada em Macau; dos tempos num colégio interno em Hong Kong ao regresso definitivo a Lisboa; da obediência à avó à sujeição ao papel de esposa e mãe; a história fascinante de Julieta (e a da sua boneca de bisque) é também a da mulher portuguesa ao longo dos anos cinzentos da ditadura, sempre contando os centavos, abdicando dos sonhos em favor da família, calando dúvidas e frustrações e passando por cima de sucessivos desgostos.

A Boneca Despida, finalista do Prémio LeYa 2022, é também o registo absolutamente notável da história da vida privada de um país que, no lapso de um século, participou em guerras e conflitos, viu partir a sua gente, instalou-se nos subúrbios, virou do avesso regimes políticos, fez-se europeu, esqueceu os seus velhos, conheceu momentos de luz e sombra. E Julieta, claro, assistiu a tudo.”

In: https://www.wook.pt/livro/a-boneca-despida-paulo-m-morais/28523426

 

OUTUBRO/2024

Os dias do fim

«Os Dias do Fim»

Ricardo de Saavedra

Casa das Letras

 

Sinopse:

“Wiriyamu, massacre que o Padre Adrian Hastings denunciou à comunidade internacional há 35 anos, surge pela primeira vez em livro de autor português na primeira edição de Os Dias do Fim. Uma parte do romance gira à volta desse escabroso episódio. Os militares e os políticos não são poupados e, nos vários factos que o texto documenta, sempre que os nomes correspondem a pessoas reais, o rigor histórico está presente. Obra de jornalista, acolhe também o rumor e a má-língua, datados e situados, o que confere ao livro mais um condimento de interesse. Os Dias do Fim resultam de uma apaixonada mobilização do naipe de virtuosos que convivem no mesmo homem: o jornalista, o pintos, o poeta, o escritor. Lê-se com entusiasmo esta obra em que a paleta do pintor tece climas e cenários, o rigor do jornalista acerta os ponteiros da história, o poeta tempera a dimensão do sonho e o escritor tudo isso conjuga num quadro final, quase sinfónico.”

In: https://www.wook.pt/livro/os-dias-do-fim-ricardo-de-saavedra/210339

 

SETEMBRO/2024

Comemorações do Centenário do Nascimento de Natália Correia

Comemorações do Centenário do Nascimento de Natália Correia

 

Durante o mês de setembro, desafiamos os leitores a conhecer a nova obra disponível na biblioteca da Casa João de Melo, o livro “Comemorações do Centenário do Nascimento de Natália Correia”, coordenado por Roberto Jesus Reis.

 

AGOSTO/2024

Victor Rui Dores Crónicas insulares

Crónicas Insulares

Victor Rui Dores

“Do que vi, senti e vivi fui escrevendo, com comovida nostalgia, emoções, sentimentos, opiniões, ideias e estados de alma.” Victor Rui Dores

 

JULHO/2024

Amiguinhos das ilhas e do mar

Manuel Francisco Anjos

“… as páginas deste livro estão abundantemente polvilhadas de fantasia e ilusão, mas também de sentimentos e valores sociais e humanos, numa simbiose que vai, certamente, encantar e sensibilizar aqueles que o lerem.

Amiguinhos das ilhas e do mar

 

 

 

JUNHO/2024

Algarvia – Apontamentos para a sua história”

Adélio Amaro

Junta de Freguesia da Algarvia, 2013

Casa João de Melo - Livro do Mês

Aproveite o verão de 2024 para aprofundar o conhecimento sobre a história da Algarvia e visite os locais

 referidos neste interessante livro do autor Adélio Amaro.

 

 

 

MAIO/ 2024

OS LUSÍADAS

Luís de Camões

 

“As armas e os barões assinalados,

Os Lusíadas


Que da ocidental praia Lusitana,

Por mares nunca de antes navegados,

Passaram ainda além da Taprobana,

Em perigos e guerras esforçados,

Mais do que prometia a força humana,

E entre gente remota edificaram

Novo Reino, que tanto sublimaram;”

 

No ano em que se celebram 500 anos do nascimento de Luís de Camões, a Casa João de Melo e a Câmara Municipal de Nordeste sugerem a leitura da obra “Os Lusíadas”, publicada em 1572, na qual o escritor faz a narrativa da descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama.

 

ABRIL/ 2024

Nas duas margens da literatura norte americana e açoriana

Nas duas MARGENS:

da LITERATURA

NORTE-AMERICANA e AÇORIANA

 

Adelaide Freitas

Linhas e Círculos, 2008

 

Neste mês de abril, venha à Casa João de Melo conhecer algumas obras da escritora nordestense Adelaide Freitas, nascida na Achadinha a 20/04/1949.

Em 2009, a autora foi distinguida pelo município do Nordeste com a Medalha de Mérito Municipal. A Assembleia Legislativa Regional dos Açores, na cerimónia do Dia da Região realizada a 21/05/2018, condecorou-a com a Insígnia Autonómica de Mérito Profissional.

 

ELOGIO DA TRISTEZA

Daniel Gonçalves Elogio da tristeza

Daniel Gonçalves

 

 

“Segundo Daniel Gonçalves, este livro «reúne cinco livros, todos diferentes, todos unidos. O primeiro, “Anterianas”, celebra Antero de Quental e a boa hora em que os meus queridos amigos José Carlos e Maria Helena me ofereceram a edição dos “Sonetos Completos”: tem um prelúdio de João de Melo; o segundo, “1816”, com prelúdio do professor Carlos Fiolhais, aborda as consequências da maior erupção vulcânica de sempre; o terceiro, “Prontuário dos Meus Desalentos (novas distâncias da tristeza)” é a peça central que une todos os outros livros; o quarto, “Sonetos Multipétalos”, celebra Natália Correia e tem um prelúdio da minha querida Ângela de Almeida; o último, finalmente, “Para Que Tudo Valha a Pena”, celebra os clássicos, sobretudo latinos, e tem um prelúdio do professor Luiz Fagundes Duarte».”

 In: https://www.letraslavadas.pt/elogio-da-tristeza/

 

 

MARÇO/ 2024

Victor Rui Dores O ouvido que escreve

O OUVIDO QUE ESCREVE

Victor Rui Dores

BLU Edições

 

“Lido e ouvido, o poema torna-se voz, som, melodia. Aliás, a poesia tem na sua origem uma vocação cantante. Foi assim com os gregos e assim foi com a poesia trovadoresca e com os cantares de gesta medievais, num tempo do amor cortês em que os trovadores eram simultaneamente músicos, poetas e cantores”.

(…)

“E, de resto, a poesia continuará a ser o meu território de sedução, e o acto de escrita o meu prazer solitário e a minha solidão comprazida.”                                                  

Victor Rui Dores, in “Nota de Introdução”

 

 

 

FEVEREIRO/ 2024

Longos Versos Longos João de Melo

LONGOS VERSOS LONGOS

João de Melo

D. Quixote, 2024

 

“Longos Versos Longos assinala o regresso de João de Melo à poesia, quatro décadas após a publicação do seu primeiro e, até agora, único livro de poemas: Navegação da Terra (1980).

Nele encontramos textos de exaltação do tempo e da vida, derivas sobre a angústia e a metafísica, mas também a revisitação apaixonada das tão amadas ilhas dos Açores.

Trata-se de uma poética meditada sobre a escrita e a literatura, a efemeridade do ser, a espiritualidade da fé e a perda de Deus. No final desta cadeia temática, o livro propõe-nos alguns poemas trágicos sobre o nosso quotidiano coletivo, um deles em prosa, «Poema às portas de Bagdade», que nos fala dos horrores permanentes (ou repetidos) das guerras do mundo.”

 

Urbano Bettencourt Sala de Espelhos

In: https://livrariasolmar.pt/produto/longos-versos-longos/

 

JANEIRO/ 2024

SALA DE ESPELHOS

Urbano Bettencourt

Companhia das Ilhas, 2020

 

Textos da autoria de Urbano Bettencourt sobre literatura e cultura açoriana, abrangendo também Cabo Verde, Madeira e Canárias

 

 

 

 

José Carlos de Magalhães Cymbron Uma aventura corvina

DEZEMBRO/ 2023

“UMA AVENTURA CORVINA”

José Carlos de Magalhães Cymbron

Edição do Autor, Ponta Delgada, 2016

 

Livro ilustrado com gravuras, fac-símiles de documentos e fotografias, versando as transformações verificadas no Corvo,

na população local e no seu papel no âmbito do arquipélago.

 

 

 

NOVEMBRO/ 2023

Onésimo Almeida Onésimo Português sem filto, uma antologia

“ONÉSIMO”

Português sem filtro, uma antologia

Onésimo Teotónio Almeida

Clube do Autor, SA

 

«Portugal, os portugueses, a América, os americanos, os luso-americanos e os Açores acabam fundindo-se osmoticamente nestas páginas, porque nelas inscrevi o quotidiano dos mundos que habito, as personagens que encontrei, as minhas ou as nossas dúvidas e interrogações, as agruras e os prazeres da vida, mais a graça e as ironias com que ela gosta de nos brindar se estamos atentos. A unidade delas está na diversidade que afinal -vou reparando -todos vestimos, na procura do sentido da vida e das coisas. As estórias aqui cerzidas em cadeia poderão parecer demasiado sorridentes para os profissionais do cinzento e do pessimismo nacional (não haverá aí um espírito empreendedor que monte uma empresa de exportação desse produto lusitano?), sobretudo agora que o fado e os fados da nossa história parecem querer tratar-nos do funeral. Elas aspiram a animar os ainda com fôlego e capacidade de resistência.»

In: https://www.wook.pt/livro/portugues-sem-filtro-onesimo-teotonio-almeida/10918212

 

 

Joel Neto A vida no campo

OUTUBRO/ 2023

A VIDA NO CAMPO

Joel Neto

Marcador

 

Sinopse:

«Um homem e uma mulher. Um jardim e uma horta. Dois cães. Ao fim de vinte anos na grande cidade, Joel Neto instalou-se no pequeno lugar de Dois Caminhos, freguesia da Terra Chã, ilha Terceira. Rodeado de uma paisagem estonteante, das memórias da infância e de uma panóplia de vizinhos de modos simples e vocação filosófica, descobriu que, afinal, a vida pode mesmo ser mais serena, mais barata e mais livre. E, se calhar, mais inteligente.»

In: https://www.wook.pt/livro/a-vida-no-campo-joel-neto/17950632

Conheça melhor a literatura açoriana.

 

 

MAU TEMPO NO CANAL

SETEMBRO/ 2023

MAU TEMPO NO CANAL

Vitorino Nemésio

Livraria Bertrand

 

Sinopse:

«Creio que o isolamento de cada ilha açoriana dá lugar à constante presença de um fantástico individual, que percorre de um modo exemplar o romance de Nemésio, desde a personagem mais singela até à de maior complexidade. Fantástico individual que está em luta aberta contra um maravilhoso colectivo. Assistimos a um descer dentro de cada um, como se dentro de si pisassem os degraus da escada em curva – perfeita sucessão de serpentes cegas – que levam, na geografia insular, ao lago subterrâneo da ilha Graciosa; a única das cinco ilhas centrais que as páginas de Mau Tempo no Canal não contemplam.» Do prefácio de João Miguel Fernandes Jorge

In: https://www.bertrand.pt/livro/mau-tempo-no-canal-vitorino-nemesio/81156

 

Aproveite o verão de 2023 para conhecer melhor a literatura Açoriana.

 

 

AGOSTO/2023

Paula de Sousa Lima O Paraíso

O PARAÍSO

Paula de Sousa Lima

Casa das Letras, 2016

Romance finalista do Prémio LeYa

 

Sinopse:

“Com o rei D. Carlos ao leme da nação, os habitantes de uma recôndita aldeia portuguesa dispõem-se a castigar, certa noite, os praticantes de um pecado hediondo, deitando fogo à sua casa na orla de uma floresta paradisíaca. E é tal a sanha colectiva contra os pecadores que – salvo os que ainda não andam e os que já não conseguem andar – só duas pessoas na povoação inteira não participam do massacre: Ana, a parteira, e o padre Engrácio.

Conseguindo adiantar-se ao morticínio, resgatam com vida um par de gémeos recém-nascidos, baptizados nessa mesma noite com os nomes de Laura e Lourenço Duchamp.

Recebidas em orfanatos distintos, as crianças crescerão sob o signo da tristeza, da violência e da solidão, sempre carentes da alma gémea que desconhecem ter, enquanto na aldeia, à medida que os anos passam, a culpa vai consumindo, um por um, os criminosos. Ana, que não pode ter filhos, nunca deixa, porém, de se perguntar pelos meninos que salvou, ignorando, como eles, que o reencontro é sempre uma possibilidade.

Numa linguagem cuidada e bela e um leque de personagens fascinante, Paula de Sousa Lima constrói em O Paraíso uma narrativa pungente sobre o preconceito, o arrependimento e a incapacidade de fugir ao destino.”

In: https://www.wook.pt/livro/o-paraiso-paula-de-sousa-lima/19088365

 

Aproveite o verão de 2023 para conhecer melhor a literatura Açoriana.

 

 

SAPATEIA AÇORIANA

JULHO/2023

Sapateia Açoriana

Vitorino Nemésio

Arcádia, 1976

 

Este é o último livro de poemas de Vitorino Nemésio, onde estão reunidos diversos poemas publicados em edições restritas, com destaque para o «Andamento Holandês».

 

Vitorino Nemésio (1901-1978), nascido na ilha Terceira, foi uma das maiores figuras da literatura portuguesa do século XX, cuja obra apresenta marcas das vivências literárias, sociais, científicas e bélicas da sua época.

 

Aproveite o verão de 2023 para conhecer melhor a literatura Açoriana.

 

 

JUNHO/2023

Sobre o descobrimento e povoamento dos Açores

“Sobre o descobrimento e povoamento dos Açores”

Viriato Campos

Europress

 

Sinopse:

A problemática do achamento do arquipélago açoriano, abordada por um investigador probo.

Aproveite o verão de 2023 para conhecer melhor a história do descobrimento e povoamento dos Açores.

 

 

ABRIL/2023

 

Auto da barca do inferno

No âmbito da educação literária, a CMN dá a conhecer:

Leitura recomendada para o 9.º ano de escolaridade, no âmbito do Plano Nacional de Leitura

 

Auto da Barca do Inferno

Gil Vicente

Areal Editores

 

Sinopse:

Representado na câmara da rainha D. Maria, que se encontrava doente, em 1517.

Personagens: Anjo (arrais do Céu), Diabo (arrais do Inferno), Companheiro do Diabo, Fidalgo, Onzeneiro, Parvo, Sapateiro, Frade, Brízida Vaz (alcoviteira), Corregedor, Procurador, Enforcado e Quatro Cavaleiros.

O Anjo e o Diabo são personagens alegóricas. As restantes personagens personificam classes sociais e comportamentos típicos, sendo, por isso, consideradas “personagens-tipo”.

In: https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$auto-da-barca-do-inferno

 

Depois de falecerem, um Fidalgo, um Onzeneiro, um Parvo, um Sapateiro, um Frade, uma Alcoviteira, um Corregedor, um Procurador, um Enforcado e quatro Cavaleiros chegam a um cais e encontram um Anjo e um Diabo que os transportarão ao seu derradeiro destino: o Paraíso ou o Inferno! O que dizem ao Anjo para o convencerem a levá-los para o desejado Paraíso? Como tentam fugir ao Diabo? E o que realmente terão feito em vida para merecem um ou outro destino…?

 

MARÇO/2023

De profundis Valsa Lenta Jose Cardoso Pires

De Profundis, Valsa Lenta

José Cardoso Pires

Publicações Dom Quixote

 

Sinopse e anotação biográfica:

Este livro é a narrativa de um acidente vascular cerebral sofrido pelo próprio autor. José Cardoso Pires demonstra, assim, ser capaz de se manter escritor até nos momentos mais difíceis da vida.

Sobre o escritor José Cardoso Pires:

José Augusto Neves Cardoso Pires nasceu a 02/10/1925 no concelho de Vila de Rei mas, ainda em criança, foi viver para Lisboa.

Trocou o curso de Matemáticas Superiores por diversas profissões, com o objetivo de se tornar escritor. A sua colaboração na imprensa e no mundo editorial começou cedo. Cultivou relações nas artes e na música, convivendo tanto com neorrealistas como com surrealistas.
Em 1949 publicou «Os Caminheiros e Outros Contos» e, em 1952, «Histórias de Amor», influenciado pelo neorrealismo, mas já com marcas distintivas. O seu primeiro romance, «O Anjo Ancorado», surge em 1958, e, em 1960, o ensaio «Cartilha do Marialva» e a peça de teatro «O Render dos Heróis», encenada em 1965. Em 1963, surge «O Hóspede de Job», iniciado em meados dos anos 50, que lhe valeu o Prémio Camilo Castelo Branco, da Sociedade Portuguesa de Escritores. «O Delfim», publicado em 1968, evidencia já uma clara descolagem do neorrealismo. Em 2002, Fernando Lopes adaptou-o ao cinema.

Em 1969, quando lecionou Literatura Portuguesa e Brasileira no King’s College de Londres, escreveu a sátira política «Dinossauro Excelentíssimo», saída em 1972, com ilustrações de João Abel Manta. Nesse período, divulgou, em França, Inglaterra e Alemanha, «Técnica do Golpe de Censura», denúncia do regime em vigor no país, que só sairia em Portugal em 1977, em «E agora, José?».

O 25 de Abril afastou-o da ficção. Foi vereador da Câmara de Lisboa, foi diretor-adjunto do Diário de Lisboa e protagonizou o primeiro processo judicial de liberdade de imprensa.

Em 1978, regressou ao King’s College. Ultimou a peça «Corpo-Delito na Sala de Espelhos», encenada no ano seguinte, em Lisboa, pelo Teatro Aberto. Em 1979, publicou «O Burro-em-Pé», contos ilustrados por Júlio Pomar. A «Balada da Praia dos Cães», de 1982, recebeu o primeiro Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores. O filme homónimo, de José Fonseca e Costa, saiu em 1987. Em 1985, publicou o seu último romance, «Alexandra Alpha».

Em 1988, voltou aos contos, em «A República dos Corvos». Passou por vários problemas de saúde e só voltou a publicar em 1997: «De Profundis, Valsa Lenta», relato de um tempo sem memória. Entre outros importantes prémios nacionais e internacionais, recebeu o Prémio Pessoa. Os seus últimos escritos foram «Lisboa – Livro de Bordo» e «Viagem à Ilha de Satanás». Morreu a 26/10/1998, em Lisboa.

Baseado no texto disponível em FNAC online: https://www.fnac.pt/Jose-Cardoso-Pires/ia116940/biografia

 

 

FEVEREIRO/2023

AS COISAS DA ALMA

As coisas da alma

João de Melo

Círculo de Leitores

 

 

Sinopse e anotação biográfica:

“O livro «As coisas da alma» (…) apresenta ao leitor um estilo poético e singular, e um imaginário repleto de personagens sensíveis e violentamente humanas.

Autor de referência deste género literário, os contos de João de Melo são invariavelmente poderosos retratos da condição humana, repletos de sentimentos, desejos, imaginação e mistério.”

 

Sobre o escritor João de Melo:

Poeta, ficcionista e investigador literário, formado em Filologia Românica pela Universidade de Lisboa, professor no ensino secundário. Colaborou em A Memória da Água-Viva, Aresta, África, Colóquio/Letras, Vértice. Preparou uma Antologia Panorâmica do Conto Açoriano, dos séculos XIX e XX, em 1978, e uma antologia literária da guerra colonial, Os Anos da Guerra: 1961-1975 (Lisboa, 1988). No domínio do ensaio, debruçou-se sobre a produção literária açoriana contemporânea, procurando as suas coordenadas de literatura insular. Refletindo em A Memória de Ver Matar e Morrer e Autópsia de um Mar em Ruínas a experiência pessoal na guerra colonial, entre 1971 e 1974, a sua ficção remete para a reflexão sobre a experiência insular, no âmbito da reescrita de uma história genesíaca e civilizacional universal para a qual concorrem vários registos de discurso. As diretivas literárias que apõe a cada volume da coleção “O Chão da Palavra”, que dirigiu na editorial Veja, entre os anos 70 e 80 e que contribuiu para a divulgação de autores como António Lobo Antunes ou Maria Ondina Braga, podem, até certo ponto, aplicar-se às suas premissas como ficcionista: aí, depois de definir a palavra literária como comunicação oposta ao “registo fácil da vida” e assumindo no corpo do texto “a fisiologia das suas próprias referências”, aponta, como perspetivas fundamentais do texto literário, “superar o adormecido mundo das trevas, encontrar caminho na libertação do Homem através da cultura, subir a pulso a corda firme da produção da ideia e da ideologia no progresso; contribuir para que o nosso Povo vire em cada página a sua própria página de identificação e de certeza; dignificar uma aposta, hoje tão dispersa, no rumo certo da palavra e da vida. // No grande seio materno da Língua Portuguesa”.

In: Porto Editora – João de Melo na Infopédia . Porto: Porto Editora. Disponível online em https://www.infopedia.pt/$joao-de-melo

 

 

JANEIRO/2023

O HOMEM E O RIOO homem e o rio

William Faulkner

Livros de Bolso Europa América

 

 

Resumo biográfico e sinopse:

“William Faulkner nasceu em New Albany, Mississippi, em 1897, e passou grande parte da sua vida em Oxford, também Mississippi, onde morreu em 1962.

Descendente duma velha família do sul dos Estados Unidos, cresceu influenciado pelas recordações da Guerra da Secessão. Na primeira guerra mundial alistou-se como voluntário na Royal Air Force.

Regressado ao seu país, teve diversas ocupações: universitário, carpinteiro, pintor de paredes e carteiro. A Guerra da Secessão foi matéria dos seus romances: Sartoris (1929), Absolom, Absolom! (1936) e The Unvanquished (1938), enquanto a Grande Guerra deu origem a Soldier’s Pay (1926) e Pylon (1935).

É um dos primeiros autores a criticarem Hollywood. Com uma grande capacidade de observação, os seus livros têm sempre um conteúdo simbólico, são rodeados por uma atmosfera carregada de pessimismo, amargura e tragédia, a que não falta um clima épico. Não hesitando diante da descrição de nenhuma cena, Faulkner demonstrou uma tendência marcada para o macabro e para o horrível.

Na sua obra, a fatalidade detém um papel primordial.

Em 1949, Faulkner recebeu o Prémio Nobel da Literatura.

Evocando as circunstâncias impressionantes da grande cheia do Mississippi, em 1927, Faulkner conta-nos em O Homem e o Rio uma parábola que tem como tema central a missão confiada a um dos presos duma colónia penal.

Ao forçado alto e esgrouviado cabe o salvamento de uma mulher isolada na planície pelas águas…”

 

 

DEZEMBRO/2022

O Homem Suspenso

O Homem Suspenso

João de Melo

Publicações Dom Quixote

 

 

Sinopse

“João de Melo, natural dos Açores e nascido em 1949, é autor do muito premiado Gente Feliz com Lágrimas. Em O Homem Suspenso apresenta uma apaixonante análise e reflexão sobre a identidade portuguesa, construindo e desconstruindo os valores e hábitos identitários portugueses, quer através da descrição dos longos passeios numa Lisboa que tem tanto de bela e imponente como de paradoxalmente anacrónica, quer nas considerações ponderadas do seu narrador. O Homem Suspenso é indiscutivelmente um romance essencial na carreira de João de Melo, e uma obra obrigatória em qualquer biblioteca.”

 

NOVEMBRO/2022

 

BALADA DA PRAIA DOS CÃES

Balada da praia dos cães

José Cardoso Pires

Narrativa Actual

 

Sinopse

“O romance foi escrito no período pós-revolução de 25 de Abril de 1974. A ação situa-se no princípio dos anos 60, e retrata alguns aspetos da sociedade portuguesa em plena época da ditadura salazarista. Relata a investigação dum assassínio; e a história começa com o relatório da descoberta de um cadáver enterrado na Praia do Mastro em 3 de abril de 1960. Mais tarde, a polícia descobre tratar-se do major Luís Dantas Castro, um militar preso por tentativa de rebelião contra o regime vigente e que escapara da prisão.”

 

Outubro 2022

Os Maias

Eça de Queirós

Biblioteca Ulisseia de Autores Portugueses

 

Sinopse

Casa João de Melo - Livro do Mês

“O livro «Os Maias» encerra uma crónica de costumes, retratando, com rigor fotográfico e muito humor, a sociedade lisboeta da segunda metade do século XIX.

Trata-se da obra-prima de Eça de Queirós, publicada em 1888, e uma das mais importantes de toda a literatura portuguesa.

Vale principalmente pela linguagem em que está escrita e pela fina ironia com que o autor define os caracteres e apresenta as situações. É um romance realista (e naturalista), onde não faltam o fatalismo, a análise social, as peripécias e a catástrofe próprios do enredo passional.

A obra ocupa-se da história de uma família (Maia) ao longo de três gerações, centrando-se depois

na última geração e dando relevo aos amores incestuosos de Carlos da Maia e Maria Eduarda.

Mas a história é também um pretexto para o autor fazer uma crítica à situação decadente do país (a nível político e cultural) e à alta burguesia lisboeta oitocentista, por onde perpassa um humor (ora fino, ora satírico) que configura a derrota e o desengano de todas as personagens.”

Setembro 2022

Capa - O Nome da Rosa

“O nome da rosa”

Umberto Eco

Colecção Mil Folhas

 

Sinopse

“Um estudioso descobre casualmente a tradução francesa de um manuscrito do século XIV: o autor é um monge beneditino alemão, Adso de Melk, que narra, já em idade avançada, uma perturbante aventura da sua adolescência, vivida ao lado de um franciscano inglês, Guilherme de Baskerville.

Estamos em 1327. Numa abadia beneditina reúnem-se os teólogos de João XXII e os do Imperador. O objecto da discussão é a pregação dos Franciscanos, que chamam a igreja à pobreza evangélica e, implicitamente, à renúncia ao poder temporal.

Guilherme de Baskerville, tendo chegado com Adso pouco antes das duas delegações, encontra-se subitamente envolvido numa verdadeira história policial. Um monge morreu misteriosamente, mas este é apenas o primeiro dos sete cadáveres que irão transtornar a comunidade durante sete dias. Guilherme recebe o encargo de investigar esses prováveis crimes. O encontro entre os teólogos fracassa, mas não a investigação do nosso Sherlock Holmes da Idade Média, atento decifrador de sinais, que através de uma série de descobertas extraordinárias, conseguirá no final encontrar o culpado nos labirintos da Biblioteca.”

 

Agosto 2022

Capa do livro

“Crónica de uma morte anunciada”

Gabriel Garcia Marquez

Publicações Dom Quixote

 

Sinopse

“Vítima da denúncia falaciosa de uma mulher repudiada na noite de núpcias, o jovem Santiago Nasar foi condenado à morte pelos irmãos da sua hipotética amante, como forma de vingar publicamente a sua honra ultrajada e sob o olhar cúmplice ou impotente da população expectante de uma aldeia colombiana: é esta a história verídica que serve de base a este romance, e que, logo nas suas primeiras linhas, é enunciada.

A capacidade de Gabriel García Márquez em reconstruir um universo possuído pela nostalgia, mágica e encantatória da infância e a sua genial mestria em contar histórias fazem deste romance mais uma das obras-primas que consagraram definitivamente este autor.”

 

 

“Acredita-se sempre que o melhor romance é o último; mas eu acredito que este é o melhor romance no sentido em que consegui fazer exatamente aquilo que queria.”     

Gabriel Garcia Marquez (1981)

 

Julho 2022

Histórias de Anticiclone, de rum e outras coisas

“Histórias de Anticiclone, de rum e outras coisas”

João Carlos Fraga

BLU Edições

 

Sobre o autor

João Carlos Fraga nasceu na cidade da Horta em 1946.

Colaborador de várias publicações nacionais e estrangeiras, sobretudo náuticas, é autor de uma coletânea sobre o Porto da Horte e do livro “Marina da Horta”.

Em “Histórias de Anticiclone, de rum e outras coisas”, o seu primeiro trabalho de ficção, conta-nos experiências vividas no porto da sus cidade e noutras paragens para onde viajou.

 

Junho 2022

mar morto Jorge Amado

“Mar Morto”

Jorge Amado, 1936

 

Sinopse

“A história de Guma e de Lívia, é um romance de grande força lírica, considerado um poema em prosa. História da vida e do amor no mar, a obra recebeu traduções em diversas línguas, adaptação cinematográfica – com produção italiana de Carlo Ponti – e foi transportado para o rádio e histórias em quadrinhos. Mar Morto foi também tema para várias composições musicais de Dorival Caymmi, entre as quais a canção É Doce Morrer no Mar.”

Publicações Europa-América

 

«Mar Morto» inspirou a telenovela «Porto dos Milagres» produzida pela TV Globo (2001).

 

Maio 2022

“Aparição” 

vergilio ferreira aparicao

Vergílio Ferreira, 1959

 

Sinopse

 “Publicado em 1959, Aparição, de Vergílio Ferreira, é uma das obras mais emblemáticas do romance português do século XX – e um momento decisivo no percurso literário e filosófico do autor, personificado, de alguma maneira, pelo encontro entre Alberto e Cristina, dois personagens: «o milagre de uma aparição», «súbita aparição, foste surpresa em tudo para todos». Em Aparição, o que está em jogo é o destino e a insatisfação diante do visível, ou seja, toda a nossa condição humana. Um romance inesquecível que atravessa o tempo e fixa as inquietações que nunca cessam.”

Bertrand Editorial

 

Abril 2022

“Cronicando”

Cronicando Mia Couto

Mia Couto, 2007

Sinopse

“Neste livro se reúnem crónicas com que o escritor moçambicano Mia Couto colaborou com a imprensa de Moçambique durante os dois últimos anos da década de 80. Este conjunto de textos mereceu o Prémio Anual de Jornalismo Areosa Pena, atribuído pela Organização dos Jornalistas Moçambicanos em 1989.

Mais do que crónicas estes textos são pequenos contos condensados de forma a se enquadrarem no espaço dos jornais a que se destinavam. Aos textos inseridos nos jornais de Moçambique, o autor acrescentou outros inéditos. Uns e outros estão profundamente marcados pela arte de recriar a língua portuguesa que caracteriza toda a escrita deste autor africano.”

Editorial Caminho

 

 

 

Março 2022

“O Plano Infinito”

o plano infinito isabel allende

Isabel Allende

Sinopse

“Explorando pela primeira vez uma realidade distante do mundo sul-americano que lhe é tão familiar, Isabel Allende conduz-nos até à Califórnia da segunda metade do século XX, seguindo os passos de duas famílias: a do pregador Reeves que percorre o Oeste num velho camião, anunciando um Plano Infinito que justifica a existência humana; e a dos Morales, imigrantes mexicanos que vivem num bairro hispânico marcado pela violência.

Gregory Reeves, a personagem central do livro, cresce à sombra da pobreza e da negligência. Quando decide que o futuro só pode estar longe do bairro hispânico onde vive, e onde não passa de um gringo, parte em busca de algo melhor. O plano de que o seu pai tanto falava parece ser mais real do que Gregory gostaria de acreditar, e tudo acontece como se o destino estivesse traçado, sem que ele consiga evitar a sucessão de más decisões que afetam a sua vida.

Depois de um casamento falhado, da guerra do Vietname, da dor de perder um amigo e ver morrer tanta gente, Gregory regressa ao seu passado, sem aprender nada com os erros cometidos. Só mais tarde, quando é obrigado a enfrentar a realidade, começa a perceber que o seu destino depende apenas de si mesmo, e que o Plano Infinito pode afinal ainda estar em aberto.”

Porto Editora

 

 

Fevereiro 2022

 

“O Meu Mundo Não é Deste Reino”

o meu mundo não é deste reino

João de Melo, 1983

Sinopse

“Esta narrativa de João de Melo é uma crónica dos prodígios que fazem a história de uma comunidade rural perdida algures nos Açores. Narrativa mítica, sem cronologia, que começa in illo tempore (em português arcaizante) e prossegue seguindo o fio das ocorrências fantásticas (a chuva dos noventa e nove dias, o dia em que os animais choraram, o dia em que se viu a outra face do sol, a morte e ressurreição de João Lázaro) e das vidas de personagens excessivos e arquetípicos (um padre venal, um regedor hercúleo e despótico, um curandeiro e um santo) que povoam um lugar perdido nas brumas do tempo, no outro lado da ilha, progressivamente devolvido à comunicação com o mundo.”

 

Devemos a João de Melo um dos mais belos livros dos anos 80, O Meu Mundo Não é Deste Reino, onde se cruzam com uma desenvoltura e uma violência raras na ficção romanesca nossa contemporânea, grandes e pequenos sentimentos, uma ordenação do mundo a partir de um imaginário ilhéu, amoroso, romântico a religioso.

Francisco José Viegas, in: Revista Ler, janeiro de 1989

 

 

Janeiro 2022

Poesia (1935 1940) Vitorino Nemésio

“Poesia (1935-1940)” – Vitorino Nemésio  

Vitorino Nemésio, nascido na ilha Terceira, é um dos mais aclamados escritores açorianos e uma referência notável na literatura nacional do século XX. Foi escritor, poeta e professor. Em 1944 concluiu o célebre romance “Mau Tempo no Canal“, que chegou a ser comparado aos maiores romances portugueses. No campo da poesia, as vivências insulares também não são esquecidas, num estilo independente muito próprio.

 

“Eu gostava de ter um alto destino de poeta,
Daqueles cuja tristeza agrava os adolescentes
E as raparigas que os leem quando eles já são tão leves
que passam a tarde numa estrela,
A força do calor na bica de uma fonte
E a noite no mar ou no risco dos pirilampos.”

 

Comece o ano de 2022 a ler o livro “Poesia (1935-1940)” e deixe-se envolver pelo mundo fantástico que Vitorino Nemésio descreve.

 

 

Dezembro 2021 

o pequeno livro dos medos“O Pequeno Livro dos Medos” – Sérgio Godinho, 2000  

Sinopse

“O que é o Medo? Podemos encontrar a definição num dicionário, mas será que ela nos vai satisfazer realmente? É então que surgem, encadeados nesta narrativa, os diferentes medos através dos quais vamos percebendo o tal “sentimento desagradável que excita em nós aquilo que parece perigoso, ameaçador, sobrenatural”, e que pode ter a cara de um leão, de uma cobra ou mesmo do desconhecido. No fim, percebemos que esse medo é natural e todos o sentem, mas ele é só um obstáculo que temos que ultrapassar para conhecer o que está para lá dele…”

 

 

 

Novembro de 2021

Ensaio sobre a cegueira

Ensaio Sobre a Cegueira” – José Saramago, 1995

Sinopse

“Um homem fica cego, inexplicavelmente, quando se encontra no seu carro no meio do trânsito. A cegueira alastra como «um rastilho de pólvora». Uma cegueira coletiva.
Romance contundente. Saramago a ver mais longe. Personagens sem nome. Um mundo com as contradições da espécie humana. Não se situa em nenhum tempo específico. É um tempo que pode ser ontem, hoje ou amanhã. As ideias a virem ao de cima, sempre na escrita de Saramago. A alegoria. O poder da palavra a abrir os olhos, face ao risco de uma situação terminal generalizada. A arte da escrita ao serviço da preocupação cívica.”

Caligrafia da capa por Chico Buarque

Outubro 2021

Livro do mês Out2021

Livro de Vozes e Sombras” – João de Melo – edição de 2020 D. Quixote

Sinopse

“Cláudia Lourenço, jornalista, é enviada de Lisboa à ilha de São Miguel ao serviço do Quotidiano. Tem por missão entrevistar um conhecido ex-operacional da Frente de Libertação dos Açores e reaver a crónica do independentismo insular durante a Revolução. Depara-se-lhe um homem-‑mistério, voz e sombra do jogador, das suas verdades que mentem, das suas mentiras que dizem a verdade.

Ela, que pertence à «geração seguinte», não parece ter memória histórica do país de então: vive no de agora, e o passado é um território longínquo, cuja narração flui no interior de um imaginário algo obscuro. A história da FLA (e a da FLAMA, na Madeira) comporta em si o «país de todos os regressos»: a Ditadura, o fim das guerras em África, a descolonização e o «retorno» à casa europeia pelos caminhos de volta, os mesmos que levaram as naus a perder-se nos mares da partida. O país que a si mesmo se descoloniza vibra na exaltação revolucionária. E é dos avanços e recuos dessa Revolução que nasce a tentação separatista do arquipélago.

Na longa e secreta entrevista ao homem da FLA, a jornalista vê-se enredada numa história de logros políticos, compadrios, interesses de propriedade, conluios estrangeiros e outros equívocos do movimento separatista, onde não há lugar para as vítimas da FLA, nem para o desamparo dos «regressantes» de África. Mas Cláudia Lourenço encontrará maneira de lhes dar voz.”